sexta-feira, novembro 12, 2010

Pequeno Pesquisador - 4º trimestre 2010 - Lição 1

Arautos no Poder
do Espírito Santo
 Ao final da lição a criança deverá:
SABER que a promessa do Espírito Santo é para todos os cristãos;
SENTIR necessidade de receber o poder do Espírito Santo;
RESPONDER preparando-se para receber o poder do Espírito Santo.

VERSO PARA MEMORIZAR:  “Quando pois vier Aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; por que não falará de Si mesmo.” João 15:16 .”

ATENÇÃO: Professor, prepare seu coração para passar essa lição, buscando o Espírito Santo como será ensinado para seus alunos. Isso dará poder à sua aula.

RECURSOS NECESSÁRIOS: Conquistando a Atenção: fichas com frases em outras línguas ou letra da música em várias línguas (abaixo); Lição: Linha do tempo (modelo na postagem???); mapa-múndi, bandeja ou assadeira, jarra com água, taças transparentes, lixo que não cole na taça, como: aparas de lápis, folhas ou flores, embrulhos de doces, etc.; Contando aos Outros: tacinha de acrílico, fitilho, cartão com verso para memorizar (postagem ??? )



COMO PREPARAR OS RECURSOS NECESSÁRIOS:
Lição: No mapa-múndi, colocar um alfinete com a cabeça vermelha em cada país não alcançado (ver lista à página abaixo) e um alfinete com a cabeça azul em cada país alcançado (pode usar outras cores, se quiser). Se isso não for possível, mostrar somente a lista de países não alcançados.



CONQUISTANDO A ATENÇÃO (até 10 minutos):
              Opção A: Mostrar algumas fichas com palavras ou frases em outros idiomas: Uno fue rechazado por los otros (alguém foi rejeitado pelos outros) - espanhol; I pledge alligeance to the Lamb (eu prometi fidelidade ao Cordeiro) - inglês; Fermez la fenêtre (feche a janela) - francês. Pedir que traduzam as frases ou que leiam as mesmas uns para os outros. Dizer:  Para quem nunca estudou um idioma, ler ou falar uma pequena frase pode ser um desafio muito grande. Imaginem se, de uma hora para outra, vocês tivessem que fazer uma pregação para pessoas de outro país, sem nunca terem estudado. Os discípulos foram capacitados por Deus para pregarem em outras línguas e assim superaram esse grande obstáculo. Deus também capacitará você e eu para superarmos os obstáculos para a pregação do evangelho.
Opção B: Ensinar seus alunos a cantarem alguma música cristã em vários idiomas. Se desejar ensinar a sugestão da página 28. Basta tirar cópias entregá-las aos alunos.

ESTUDO DA LIÇÃO (até 35 minutos, incluindo Apresentando a Lição,  Aplicando e  Contando):

A.  APRESENTANDO A LIÇÃO:
Domingo: Pedir que os alunos procurem o livro de Jonas no Velho Testamento. Os textos lidos devem ser: Jonas 1:1-17; 2:1 e 10; 3:1-5. Dividir o texto pelas seguintes falas: narrador, Jonas, marinheiros e pedir que três alunos voluntários leiam a história em voz alta, com expressão e entonação na voz (talvez seja bom dar-lhes alguns minutos para que leiam em silêncio, antes de ler em voz alta). Os demais alunos devem acompanhar a leitura em suas Bíblias e lerem, todos juntos, apenas o último verso: Jonas 3:10. Depois, fazer uma breve análise: Que teria acontecido àquela cidade se Jonas não tivesse ido lá?  Jonas poderia mudar a mensagem conforme a conveniência dele? Todos os cristãos são mensageiros de Deus, Seus arautos, encarregados de avisar o mundo da destruição que logo virá. E você, tem tentado fugir ou esconder-se como Jonas, ou tem sido um arauto fiel?

Segunda-feira: Dizer: Jonas foi a Nínive avisá-la da destruição que ocorreria, caso não houvesse arrependimento. Ele foi um arauto de Deus. Jesus veio contar ao mundo o quanto Deus é bom e quanto amor Ele tem pelos seres humanos, demonstrando isso ao dar Seu Filho para levar o castigo por nossos pecados. Jesus fez o bem o tempo todo, por toda parte. Ele foi um arauto do amor de Deus.  Pedir a um aluno que responda a pergunta de segunda-feira. Perguntar a outro aluno o que significa “pôr-nos em divina ligação com Cristo”. Como um juvenil pode estar em divina ligação com Cristo?

Terça-feira: Mostrar mapa-múndi e pedir a um aluno que leia Mateus 28:19,20. Explicar que o mundo, na época de Jesus era menos habitado que hoje, mas os discípulos não tinham as facilidades da vida moderna (meios de transporte rápidos, telefone, internet, rádio, jornal, etc.). A ordem de Jesus parecia impossível de ser obedecida, mas eles confiaram na promessa de receber o poder do Espírito Santo.

Quarta-feira: Explique como os discípulos se prepararam para receber o poder do Espírito Santo (orando, confessando e abandonando seus pecados, perdoando uns aos outros, louvando a Deus, etc.) e qual foi o resultado imediato do recebimento do poder. Destaque que eles tinham um fervor missionário que os fazia vencer qualquer obstáculo (distância, perigos, necessidades). Eles se tornaram arautos da verdade de Deus em um tempo de poucos recursos. Mas conseguiram ir até os confins do mundo.

Quinta-feira: Dizer: A ordem de Jesus de ir e pregar o evangelho por todo o mundo é dada a todos os Seus seguidores de todas as idades e países. Isso quer dizer que essa ordem é para você e para mim também. Os seguidores de Jesus não podem descansar enquanto essa mensagem não chegar a todos os lugares do mundo. Mostrar os países ainda não alcançados com a mensagem no mapa-múndi  ou a lista com os nomes deles. Vejam como o desafio ainda é muito grande. Mas não podemos esquecer que não apenas a ordem de pregar é para nós, mas a promessa do poder do Espírito Santo também. Nós podemos receber de Deus esse poder.  Mas para isso é preciso acontecer algo importante:
B. APLICANDO:
Colocar sobre a mesa uma assadeira e, dentro dela, uma taça cheia de lixo (algo que não grude, como aparas de lápis, folhas ou flores, embrulhos de doces, etc.). Mostrar uma jarra de água limpa. Dizer: Deus quer derramar seu Espírito Santo sobre nós, para que possamos servir aos outros e à Ele. Mas Ele não pode fazer isso enquanto estamos com o coração cheio do lixo do pecado, como esta taça está cheia de lixo. É preciso primeiro que removamos o pecado do nosso coração. E como fazer isso? Através do próprio poder do Espírito Santo. É Ele quem nos mostra a verdade. Mostrar a Bíblia. É Ele quem nos faz sentir a consciência pesar quando erramos. É Ele quem nos avisa que não devemos fazer alguma coisa. Enfim, é Ele quem nos ajuda a fazer tudo que precisamos.
Quando deixamos o Espírito Santo agir em nós as coisas começam a mudar. Começar a derramar vagarosamente a água dentro da taça até transbordar, fazendo com que o lixo saia juntamente com a água que exceder ao volume da taça. Vamos a Jesus, confessando-Lhe os nossos pecados e pedindo Seu perdão. O Espírito Santo também faz com que passemos a gostar das coisas de Deus e tenhamos forças para abandonar as coisas do mundo. Ele também enche o nosso coração de amor, para podermos perdoar todas as pessoas que nos ofenderam. Ele também nos dá humildade para que peçamos perdão àquelas pessoas a quem ofendemos. Ele também nos dará poder para vencer as tentações e para fazer coisas boas, dando frutos para Deus. Quando todo o lixo já tiver saído da taça, continuar a enchê-la, até que esteja repleta de água pura. Tudo isso o Espírito Santo nos ajudará a fazer. Ele sempre nos falará o que devemos e o que não devemos fazer, através da consciência e da Bíblia. E quanto mais andarmos obedecendo ao Espírito Santo, mais poder receberemos e melhores arautos poderemos ser, mostrando o caminho da salvação para outras pessoas.  Colocar outras taças cheias de lixo e repetir o processo, movimentando a taça que está limpa como se estivessse mostrando às outras a jarra cheia de água. Ou, então, derramar a água da taça limpa sobre as outras e sempre que acabar a água desta, deve-se enche-la de novo para servir mais, mostrando que quando mais damos de Deus aos outros mais recebemos.

              Fazer um apelo perguntando quem tem o desejo de receber o poder do Espírito Santo.  Entregar aos alunos o lembrete do verso para memorizar aluno e pedir que relembrem durante a semana o propósito de receber o Espírito Santo.  Combinar com eles  que na próxima aula terão um espaço para contarem sobre sua experiência com Deus durante a semana.   
Encerrar essa lição, fazendo uma oração bem fervorosa juntamente com os alunos pedindo perdão dos pecados, pedindo amor para perdoar os ofensores, poder para vencer as tentações e, principalmente, o poder do Espírito Santo para que os alunos de sua classe possam ser fiéis Arautos da Verdade,  para que o evangelho  chegue logo àqueles países ainda não alcançados.

C.  CONTANDO AOS OUTROS:  Dar para cada aluno uma tacinha de acrílico, dessas bem pequenas, usadas para servir mousse, com um cartãozinho do verso para memorizar preso à taça por um fitilho. Incentivá-los a demonstrar a alguém a mesma atividade que ele presenciou na sala com a taça grande.

Para o próximo sábado: Pedir a alguns alunos que ensaiem durante a semana a leitura (com expressão) do texto de Atos 3:1-19 e 4:1-22, dividida nos seguintes papéis: narrador, Pedro, João, o coxo, o povo e os sacerdotes.


Pequeno Pesquisador - 4º trimestre 2010 - dia das crianças

O Dia da Criança não é uma data sagrada mas desperta grande interesse dos pequeninos, principalmente por causa do apelo consumista que os meios de comunicação exercem sobre eles e seus pais. A movimentação é tão grande que  todo esse interesse não pode ser passado despercebido pela Igreja, pois pode ser uma excelente oportunidade para evangelizar as crianças e ajudá-las a  encontrar a salvação.
Temos dois objetivos para esta data: alcançar crianças que ainda não conhecem a verdade e fortalecer as crianças que já estão no meio cristão. Sua igreja pode fazer ambas se quiser.
Para as crianças da igreja a sugestão é que a Liga Juvenil seja preparadas para elas, com a participação delas durante todo o programa (isto não impede que seja feita outra festa fora da Igreja também). Abaixo temos duas sugestões de programa para a Liga e uma para uma festa, adaptadas do livro "Comemorações. Sugestões Práticas para Valorizar Datas Importantes" de Hope Gordon Silva. 

CRIANÇAS DA BÍBLIA.
Escolha crianças para representarem crianças da Bíblia, vestindo-as de acordo ou não, como quiser. Dê para cada criança decorar alguns dados sobre sua pessoa, que servirão de dicas, para o auditório adivinhar quem são. Por exemplo, no caso de Moisés: 1ª dica: eu tinha um irmão e uma irmã, e nasci longe de minha pátria.Se ninguém adivinha, passem para 2ª dica: meus irmãos se interessam muito pelo meu nascimento, e minha mãe tinha um grande plano. Se ninguém consegue dizer quem é, passem para a 3ª dica, e assim por diante.

CRIANÇAS DO MUNDO.
Escolhem-se  crianças para representarem as várias partes do mundo, principalmente aquelas onde o Evangelho Eterno ainda não chegou, vestindo-as de acordo, lembrando que as crianças daqueles lugares precisam de missionários para falar da verdade a elas. As crianças darão dicas sobre seu país, e no fim todas cantam "Cristo ama as Criancinhas" ou alguma coisa semelhante. 

FESTA
Para as crianças de fora (as da igreja vão gostar muito também), planeje uma festinha no feriado, onde cada criança da igreja deve trazer um amigo que não é da igreja. Pode-se preparar convites e cartazes especiais para isso (confirme com antecedência quantas crianças virão).
Faça uma porção de corações recortados em papel sulfite, um por folha. Quando as crianças entram (na Escola Dominical, por exemplo), escreva o nome de cada uma em um coração, com pincel atômico. Distribua esses corações para os adultos presentes, e depois que todos estão sentados, conte uma história da Bíblia envolvendo crianças (a menina cativa, Joás, o menino que deu seu lanche, etc.). Terminar dizendo que Jesus conhece todas as crianças e as ama muito, por isso preparou um lugar mararilhoso para elas. Diga-lhes que todos os sábados, na Escola Sabatina, elas poderão aprender mais sobre esse lugar maravilhoso e convide-as para virem no próximo sábado.
Depois, divida as crianças em três grupos por faixa etária e leve-as para as salas de atividades. Sala 1: aprendizagem de um cântico; Sala 2: um trabalhinho manual simples sobre a lição; Sala 3: uma atividade de memorização do verso. Decida o tempo que os grupos ficarão nas salas, de acordo com o grau de dificuldade de cada atividade. O importante é que todos fiquem o mesmo tempo (por exemplo: 15 ou 30 minutos) em cada sala e depois fazem o rodízio. Quando todos os grupos passarem por todas as salas, juntar as crianças, cantar o cântico ensaiado e orar fervorosamente por todas elas.
              Depois disso, leve as crianças para a sala da festinha (com uma bonita decoração). Os adultos que estão com os corações com os nomes das crianças seguram alto os corações para cada criança achar o seu nome. Depois de um abraço, os adultos apresentam as crianças (nome, idade, e uma sentença mais). Há uma oração pelo alimento que deve ser servido em seguida pelos adultos.
Se possível, entregue um presente evangelístico para as crianças, junto com algum brinquedo. Pode-se pedir o patrocínio de alguma loja da cidade.


Pequeno Pesquisador - 4º trimestre 2010 - Heróis da Fé Reformistas

ARAUTOS DA VERDADE NO
MOVIMENTO DE REFORMA NO BRASIL
 Baseado nos livros: “A História dos Adventistas do Sétimo Dia - Movimento de Reforma” e “Meu Povo, Minha Vida”.

André Lavrik

Nascido a 2 de setembro de 1902, de família tradicional e rigorosamente católico-ortodoxa. Quando a mensagem do advento chegou à região em que os Lavrik habitavam, ele, a mãe e dois irmãos dele  aceitaram e se tornaram parte de um grupo de crentes adventistas. Pouco depois, chegaram os missionários do movimento de Reforma. A maioria daquela congregação adventista aceitou a mensagem com alegria. Entre 1919 e 1920, André, a mãe e dois irmãos tomaram posição ao lado da Reforma.

O irmão Lavrik foi um missionário fervoroso desde que aceitou a verdade. Enquanto estava na Europa, de 1922 a 1924, foi colportor, auxiliar de obreiro e obreiro bíblico. Conduziu almas a Cristo na Bessarábia, Romênia e, por breve período, na Tchecoslováquia.

Quando o irmão Lavrik alcançou a maioridade de 21 anos foi convocado para servir a pátria e teve que enfrentar o problema do serviço militar.  Ele foi encarcerado e horrivelmente maltratado por recusar-se a prestar serviço no sábado e fazer exercícios com armas. Lá era obrigatório o trabalho no sábado, porém, ele não trabalhou sob circunstância alguma, sendo, em conseqüência disso, tremendamente maltratado. Certa vez quebraram-lhe um dedo que ficou defeituoso para sempre.

Quando ainda estava preso, próximo à data do aniversário da filha do rei Nicolau, esta pediu ao pai, como presente, a liberdade de todos os presos por um mês. Aproveitando a oportunidade, o irmão Lavrik foi ao consulado russo e conseguiu passaporte para viajar ao Brasil. Embarcou, a 8 de novembro de 1924, com destino ao Rio de Janeiro.

O Brasil estava se recuperando da revolução que ocorrera no mesmo ano. A vida era difícil, com grande desemprego. Ele não tinha aqui amigos nem parentes, tampouco um endereço de pessoa recomendada a quem pudesse dirigir-se. Demais, não conhecia a língua, nem tinha dinheiro. Mas Deus não desampara aqueles que nEle confiam. Conseguiu trabalho e em pouco tempo pagou o empréstimo feito em seu país para custear sua viagem de navio para o Brasil.

Chegando a São Paulo, estabeleceu-se no bairro do Brás. Manteve contato com os irmãos da Alemanha, Romênia, Tchecoslováquia, Estônia, Ioguslávia, Polônia e demais imigrantes que estavam chegando da Europa e que se interessavam em conhecer a mensagem do Movimento de Reforma.

Em 1925 soube que o Movimento de Reforma organizara-se. Recebeu os Princípios de Fé e a revista “A Verdade Sobre o Movimento de Reforma” que haviam sido publicados.

O irmão Lavrik empenhou-se muito em visitar e dar estudos às famílias interessadas que residiam em São Paulo e logo pode estabelecer uma pequena congregação com membros das famílias Devai e Cecan. Ao saber de interessados em estados do sul e interior de São Paulo, passou a fazer viagens missionárias. Para sustentar-se e pagar as despesas de viagens, ele trabalhava como sapateiro. Seu trabalho abnegado rendeu muitas almas para a verdade e a Obra cresceu.

Em 20 de fevereiro de 1928 foi ordenado ao ministério e tornou-se o responsável pela obra no Brasil.
Em 6 de maio de 1931 casou-se com Selma Schelske.

Com o alvo de estabelecer o início da colportagem, o irmão Lavrik estendia seu expediente até tarde da noite (quando não estava em visitas e estudos), traduzindo publicações do alemão para o português. Sua esposa levava a literatura para os colportores, a pé, até a agencia do correio.

O irmão Lavrik serviu a obra no Brasil até 1959, quando se mudou para os EUA, onde assumiu a responsabilidade de presidente da Conferência Geral. Em 1963 foi eleito secretário regional para a Europa.

Enquanto visitava nosso povo na Alemanha Oriental num dia de rigoroso inverno, em dezembro de 1966, o irmão Lavrik percebeu que estava com problema cardíaco. Embora não pudesse dar continuidade ao serviço ativo, a mente estava sempre na Obra. Passou os últimos dias perto da sede da Conferência Geral. Quase diariamente ia visitá-la para perguntar sobre o progresso da Obra em todo o  mundo. Demonstrava interesse em cada União, Campo e Missão. Muitas vezes mencionava nomes de ministros, obreiros, colportores e membros leigos. Perguntava como estavam passando. Para ele a maior alegria era saber que, aqui e ali, havia novos conversos à verdade. Sempre falava com o novo Presidente da Conferência Geral, animando-o a olhar para cima e depor inteira confiança no Senhor. Dizia: “Com o auxílio divino, todas as dificuldades serão vencidas e a Obra de Deus triunfará.”

O irmão Lavrik dormiu no Senhor em 5 de outubro de 1976. Foi sepultado em Vineland, New Jersey, EUA. Deixou esposa e quatro filhos. A irmã Selma foi de grande ajuda ao esposo na Obra. Foi constante fonte de encorajamento para muitos irmãos e irmãs. Faleceu em 1992.  





André Cecan

Nasceu em 20 de outubro de 1908, na Moldávia, que na época pertencia à Rússia. De origem católica, aos catorze anos tornou-se observador do sábado através do estudo da Bíblia e visitas de missionários reformistas em 1922. Pouco depois aprendeu sobre o vegetarianismo e abandonou o uso da carne.

Os adventistas fiéis, que permaneceram firmes durante o período da guerra e que foram excluídos por causa de sua posição, entendiam que havia a necessidade de uma reforma dentro da igreja e fizeram muitas tentativas nesse sentido. Houve muitos debates à respeito de assuntos como a reforma de saúde, quarto, sexto e sétimo mandamentos mas não se chegou a acordo algum.  Isto ocorreu em vários países e em ocasiões diferentes.   Os líderes da igreja não se propuseram a promover uma reforma e a decisão tomada foi de que todos os membros que tivessem idéias reformadoras deveriam ser excluídos da comunhão adventista. Estes já totalizavam o número de quatro mil irmãos, dos quais muitos haviam sido presos, torturados ou perdido familiares por manterem-se firmes aos princípios. Alguns dos principais reformistas de diversos países reuniram-se em uma assembléia com delegados representando quatro uniões. Isso aconteceu em Gotha, Alemanha, de 14 a 29 de julho de 1925, quando o Movimento de Reforma foi oficialmente organizado. 

Pouco antes da organização da igreja, a família do irmão André Cecan chegou ao Brasil, já com o endereço do irmão Lavrik em mãos, o qual lhes deu conduziu ao bairro da Móoca, onde passaram a residir.

O irmão Lavrik estudou com os Cecan e também com a família Devai, húngaros que chegaram ao Brasil antes dos Cecan. Desse trabalho resultou o batismo do irmão André Cecan e seu pai em 5 de novembro de 1927. Nesse mesmo dia, sete membros da família Devai foram recebidos por voto e foi organizado o primeiro grupo de reformistas.

Quando os Devai ainda eram apenas interessados, o irmão André foi convidado para assistir ao casamento de Ana Szabo e Jorge Devai, que eram membros da Igreja Adventista. O oficiante foi o pastor José Amador dos Reis, primeiro ministro adventista brasileiro. Após a cerimônia foi servida uma refeição com alimentos cárneos e por isso o irmão André não se sentou à mesa. Logo todos perceberam que era reformista. O pastor então, pesaroso, disse-lhe que por não comer carne o irmão André se tornaria fraco e morreria cedo, provavelmente de tuberculose. O curioso é que o referido pastor veio falecer não muito tempo depois, aos 43 anos, de tuberculose.

Numa conferência em 1930 foi feito um apelo para a colportagem e o irmão André e o irmão Jorge Devai Filho se candidataram ao trabalho, tornando-se os primeiros colportores reformistas no Brasil.

O irmão André colportou na região de São Paulo e depois no Rio Grande do Sul, de onde foi chamado para trabalhar no Rio de Janeiro, em 1936, como obreiro bíblico. Seu trabalho fez crescer grandemente a Obra nas regiões do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Espírito Santo. O irmão André atendia a todos os interessados dessa vasta região.

Com pouco mais de trinta aos foi ordenado ao ministério, ainda solteiro, em 1943. Em 7 de julho de 1946, casou-se com a irmã Neusa Monteiro, a qual colaborou grandemente para o avançamento da causa. Moravam em uma casa simples e pequena, mas ali acolhiam sempre muito bem os visitantes. Na varanda aplicavam tratamentos naturais. Dessa união resultaram cinco filhos.

No Rio de Janeiro, além do atendimento às almas, o irmão André esforçou-se grandemente até que a construção da igreja de Cascadura estivesse pronta. Foi responsável também pela construção da primeira igreja em Londrina, trabalhou arduamente em Curitiba e no Distrito Federal, onde  lutou   até que conseguiu uma grande área e construiu a igreja na Asa Norte, inaugurada em fevereiro de 1973.  Foi presidente da Associação São Paulo-Goiás– Mato Grosso e, mesmo depois de aposentado, participou da obra de evangelização em Rondônia, Acre e Mato Grosso.

Certa ocasião voltou à Rússia, onde encontrou sua família, para quem pregou insistentemente a verdade. Depois de sua chegada ao Brasil, recebeu uma carta de sua irmã com a notícia de que ela e uma filha haviam aceito a mensagem.

O irmão André gostava muito da melodia de um hino que ele conhecia em russo. Como a mensagem sobre os cento e quarenta e quatro mil o impressionava muito, ele fez uma letra sobre esse assunto para aquela melodia e, com a ajuda de um amigo músico, adaptou a letra à métrica. Este hino está no  hinário “Louvores ao Rei” e se chama “Os Cento e Quarenta e Quatro Mil”.

O irmão André descansou no Senhor em 03 de setembro de 1993, aos 84 anos, firme na fé e certo da salvação em Cristo Jesus.


PAULO TULEU

O irmão Paulo Tuleu nasceu em Arad, na Romenia em 11/04/1918. Seus pais, João Tuleu e Anna Sutea Tuleu tiveram três filhos, além dele: Tabita, Pedro e José. Ele foi batizado em 1934 durante o rigoroso inverno Europeu. Não se sabe o nome do pastor oficiante mas sabe-se que tinha 80 anos de idade e que foi necessário perfurar uma camada de gelo para encontrar água para o batismo. O pastor, para animar o irmão Paulo lhe disse: “Se o coração estiver quente, o gelo não vai impedi-lo de ser batizado”. Em 1936 participou da 1ª escola missionária da Reforma, na Suiça e em 1937 mudou-se para o Brasil. Três meses depois da chegada ao país livre, ingressou na colportagem.

Atendendo ao apelo de uma família reformista que havia se mudado para Goiânia, o irmão Paulo Tuleu  e o irmão Souza se apresentaram como voluntários para colportar em Goiás. Passavam grande parte do tempo trabalhando na zona rural, onde enfrentavam condições árduas: longas distâncias em caminhos estreitos, difíceis, na selva, muitas vezes sem pontes. Transportavam livros e a maior parte da bagagem sobre um cavalo que, instintivamente, os conduzia às casas em lugares cobertos de vegetação, sem vestígios de caminho, onde ninguém podia imaginar que existissem habitantes. Assim, fizeram muitos contatos e houve diversas conversões. Apesar de todas as dificuldades, inclusive contraindo malária (que foi curada apenas com tratamentos naturais), o irmão Tuleu foi fervoroso em seus esforços e seu trabalho contribuiu para o início da Obra naquele estado, onde hoje temos muitas igrejas, grupos e membros isolados.
 Casou-se com a irmã Doraci Silva em 05/06/1944. Tiveram quatro filhos Samuel, Rubem, Silvia e Ruth. Em 1945 o irmão Tuleu foi ordenado ao ministério, pelo irmão Lavrik e, desde então, cumpriu deveres ministeriais em diversos campos no Brasil: São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Goiás. Também se dedicou à Obra no Uruguai, Chile, República Dominicana, e alguns países europeus. Falava perfeitamente Húngaro, Romeno. Alemão. Inglês, Espanhol, Português Italiano. Por isso, pode colaborar com a Obra em tantos países diferentes.

Após  aposentar-se foi Conselheiro da União e membro do Conselho da Conferência Geral até sua saúde declinar. Residiu nos seus últimos anos na sua chácara em Salesópolis, São Paulo, aonde organizou um grupo em sua casa, que resultou em alguns batismos.

Faleceu em março de 2002.





DESIDÉRIO DEVAI

Nasceu em 30 de dezembro de 1914, em Kolozsvar, região da Hungria que, no fim da Primeira Guerra Mundial, foi cedida à Romênia. A família Devai chegou a São Paulo pouco antes do irmão Lavrik. Desidério tinha apenas doze anos quando, em 1927, a Obra foi organizada em São Paulo. Alguns anos depois foi batizado e começou a colportar. Como colportor, fez grandes experiências missionárias e assim, tornou-se obreiro da causa no nordeste do Brasil, em 1940. Seus dedicados esforços acrescentaram muitas almas à Verdade e a Obra teve grande desenvolvimento.

Depoimento de sua filha Raquel Luup Devay:
“Quando pensou em casar-se, usava suas irmãs como “detetives”. Perguntava das moças em geral e em todas elas punham defeitos. Quando perguntou da Maria Luup elas falaram: “Essa não tem defeito”. Conversou com ela, ao lado de uma amiga dizendo: “Se for da vontade de Deus que nossos caminhos sejam juntos, vou viajar para o Nordeste para colportar e no ano que vem volto para casarmos”. Era o ano de 1941. Porém por causa da 2ª guerra mundial, só conseguiu voltar e casar-se em 22/05/1945. Após casados foram trabalhar juntos no Nordeste onde ficaram por 20 anos. As pessoas de lá lembram-se dele com muito carinho, pois ele era muito dedicado e um verdadeiro “pai” de todos.

Em 1960 foi para Curitiba, onde junto com o primo Jorge Devai e o sobrinho José Devai e outros, construiu a igreja da rua David Carneiro. Enquanto estava construindo a igreja durante o dia, ia “formulando” na mente as cartas para os membros das cidades da Associação Paranaense, cartas que escrevia nas madrugadas. Depois foi trabalhar na União Andina sem levar a família porque a Irma Maria Luup não podia entrar por ser de  nacionalidade russa. Trabalhou no Peru, Equador, Colômbia e Venezuela (de 1966 a 1976). Voltou de lá sofrendo dos pulmões. Trabalhou em Brasília também. Depois voltou para São Paulo onde ficou internado por várias vezes vindo a falecer com pleurisia em março de 1983. Teve três filhos:  Raquel, Desidério e  um, que faleceu logo em seguida de nascer.    Seus filhos atualmente residem em São Paulo e são membros da Igreja de Artur Alvim . Sempre foi um pai amoroso e onde trabalhou deixou muito boas recordações.”
O irmão Desidério Devai destacou-se por ser um obreiro laborioso, sempre disposto a grandes sacrifícios e a sofrimentos em favor da salvação de almas. Por todos os campos por onde passou deixou a marca de bondade, paciência e amor. Foi um grande responsável pelo desenvolvimento da Obra no Brasil e países andinos. Um grande exemplo a seguir.  







Pequeno Pesquisador - 4º trimestre 2010 - versos do trimestre

Que bom que você veio!

Volte Sempre!